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Sustentabilidade e bem-estar animal são pilares da pecuária brasileira

Por Guilherme Tonhá

Estamos nos aproximando da COP30, que será realizada no Brasil, com os olhos do mundo voltados para a capacidade do país de produção sustentável de alimentos. Nesse contexto, a pecuária brasileira mostra com práticas e exemplos que é parte da solução e não do problema.

A cada ano, fica mais evidente que a atividade pecuária anda de mãos dadas com a sustentabilidade e bem-estar animal. E não se trata apenas de uma exigência de mercado, mas já é uma prática consolidada, uma questão de consciência, de visão de futuro e de compromisso com o país.

A realização de leilões virtuais do gado transformou a comercialização em uma prática mais sustentável, moderna e alinhada às demandas de bem-estar animal. No passado, os animais precisavam ser transportados até os recintos, onde ficavam sem alimentação adequada e passavam por estresse elevado. Esse processo gerava perdas de peso que chegavam a 15%, além do risco de ferimentos durante o deslocamento.

Com a adoção dos leilões virtuais, essa realidade mudou. Hoje, os animais permanecem nas fazendas, são filmados e todos são pesados pela equipe da Estância Bahia antes da comercialização. O comprador acompanha todos os detalhes de forma transparente e segura, sem a necessidade de expor o gado a longos trajetos. A inovação trouxe ganhos ambientais, ao reduzir a emissão de carbono do transporte, no peso perdido com o transporte e econômicos, já que evita perdas de até R$ 400 por animal.

Acompanho de perto as mudanças que moldaram a pecuária nacional. O que antes era uma atividade muitas vezes desacreditada, hoje é uma cadeia produtiva moderna, eficiente e cada vez mais preocupada com o meio ambiente e a origem dos seus produtos. Não há espaço para amadorismo neste mercado. Na região Norte, temos testemunhado um crescimento expressivo da pecuária, com destaque para iniciativas que conciliam produtividade e responsabilidade ambiental. A região chegou a 64,5 milhões de bovinos, o equivalente a 27,1% do rebanho brasileiro. São dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do IBGE. Tem crescido tecnologias de integração lavoura-pecuária-floresta, manejo racional e recuperação de pastagens degradadas. São práticas que reconhecidamente reduzem o impacto ambiental e aumentam a eficiência da produção.

Há 34 anos no mercado, a Estância Bahia realiza o maior leilão do mundo e mantém o foco na sustentabilidade, qualidade e bem-estar animal na realização do tradicional Mega Leilão. São 25 anos de realização, com mais de 50 edições e 28 mil animais, performando mais de R$ 90 milhões em negócios. Nosso ponto forte na leiloeira é a qualidade dos lotes ofertados.

E foi a inovação, através da tecnologia, que garantiu a evolução na entrega comercial. A qualidade é garantida mesmo com o grande volume ofertado no Mega Leilão. Não por acaso, a palavra sustentabilidade vem do latim sustentare, que significa sustentar,
conservar, manter. É isso que fazemos quando conduzimos uma pecuária e leilões baseados na ética. Mantemos viva uma das mais importantes cadeias econômicas do Brasil, que emprega milhões, movimenta mercados e alimenta o mundo. A pecuária sustentável não é uma utopia. Ela já é realidade e o leilão é uma vitrine desse novo momento de confiança, responsabilidade e futuro da pecuária.

Guilherme Tonhá é pecuarista e diretor comercial da Estância Bahia Leilões