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Ceres Investimentos estima mais de R$ 100 milhões em registro de CPRs em 2022

  • 24 de Janeiro de 2022
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Ceres Investimentos estima mais de R$ 100 milhões em registro de CPRs em 2022

A plataforma de soluções financeiras para o agronegócio tem atuado junto às distribuidoras de insumo para difundir esse tipo de título, que viabiliza crédito para custeio da safra

O ano de 2022 deve marcar um salto considerável nas negociações agrícolas via Cédulas de Produtos Rurais Financeiras (CPRs) no país, impulsionado pela forte demanda do mercado por crédito rural. A Ceres Investimentos, que desde o final do ano passado firmou parceria com a B3 para atuar nesse tipo de serviço, estima superar a marca de R$100 milhões de emissões em CPRs, utilizadas para obtenção de recursos por parte de agricultores e distribuidoras de insumos com o objetivo de financiar suas produções mediante a entrega futura de produtos.

De acordo com Tiago Rodrigues, diretor de Operações da Ceres Investimentos, um dos fatores que contribuirá para esse cenário é a agilidade no registro das CPRs, que, com a entrada em vigor da Lei do Agro (13.986 de 2020), passou a ser feita digitalmente. Enquanto a CPR registrada em cartório tem prazo de 10 dias úteis para ser emitida, a versão digital fica pronta na hora. “Isso permite ao produtor ter maior poder de decisão no momento de fechar o negócio, deixando para emitir a CPR quando as commodities estiverem mais valorizadas, tornando, assim, a operação mais rentável”, assegura o diretor de Operações da Ceres Investimentos. Vale lembrar que neste mês de janeiro, caiu o valor mínimo das CPRs para registro obrigatório em entidades credenciadas pelo Banco Central, passando de R$1 milhão para títulos iguais ou acima de R$250 mil. Em janeiro de 2023, cairá para R$50 mil e, a partir de janeiro de 2024, a obrigatoriedade será estendida para todas as CPRs.

Segundo Rodrigues, outro fator que pode contribuir para elevar as emissões desses títulos no país é a maior difusão da operação de Barter (atreladas a CPR na maioria dos casos), uma opção para financiamento da safra. “Hoje, cerca de 30% das negociações feitas pelos produtores nas distribuidoras/revendas para pagamento pelo insumo são efetuadas por meio de Barter. Mas nem todos os produtores, especialmente os de pequeno e médio porte, conhecem essa ferramenta de troca. Nossa meta é ser referência em soluções financeiras para o agronegócio e o registro de CPRs figura como um papel importante nesse processo. Para isso, nossa securitizadora foi homologada pela CVM e batemos um recorde de volume operado em nosso Fundo FIDC chegando a R$ 500 milhões em 2021 e fomos líderes em originação de CRA´s para o mercado de Middle, os chamados CRA´s pulverizados”, destaca.

O diretor de Operações da Ceres Investimentos acredita que o fato de a empresa ser totalmente direcionada para o agro tem contribuído para sua rápida expansão no país. A Ceres Investimentos espera superar a marca de R$1 bilhão, somados todos os ativos gerenciados por ela. “Conhecemos muito bem as particularidades do setor e estamos sediados em uma região de forte produção agrícola, que é o Triângulo Mineiro. Isso nos permite atuar bem focados nas distribuidoras. Isso mostra uma nova realidade do mercado financeiro, que precisa se voltar cada vez mais para o interior do país para atender essa grande demanda por soluções financeiras que vem do campo. Estamos conectando a ‘Faria Lima’ ao Cerrado brasileiro”, conclui Tiago Rodrigues.

Larissa Vieira/Jornalista

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