Rotina do Boi: como o básico faz a diferença no desenvolvimento de rebanhos
- 04 de Novembro de 2021
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Rotina do Boi: como o básico faz a diferença no desenvolvimento de rebanhos
Quem já parou para observar um boi na natureza e acompanhou os comportamentos expressados pelo gado ao longo do dia? Se sim, é possível perceber que os animais mantêm os mesmos hábitos diariamente. A Prodap, empresa mineira de soluções para a pecuária de corte, leite e fábricas de ração animal, destaca como funciona a “rotina do boi” e orienta sobre os principais elementos para o desenvolvimento saudável do rebanho.
Publicado em: 03/11/2021 às 15:20hs
Rotina do Boi: como o básico faz a diferença no desenvolvimento de rebanhos
Primeiramente, é importante ressaltar que a vida do bovino pode ser resumida em três períodos – alimentação, ruminação e ócio. Dia a dia, o gado expressa esses hábitos, ou seja, sua rotina diária.
“Os animais geralmente ‘malham’ sempre no mesmo local, fazendo os chamados ‘malhadores’ do pasto, e sempre estarão em lugares específicos em determinados horários. Geralmente, são três ondas de pastejo. A primeira é de menor duração, começando na madrugada, e há outra de maior duração, que se dá antes do nascer do sol até algumas horas após a alvorada. Um terceiro ciclo ocorre no final do dia, depois que o tempo está mais fresco”, explica Guilherme Reis, diretor de Conhecimento da Prodap.
E o que fazem quando não estão pastejando?
Normalmente, o gado usa esse tempo fora do pastejo para ruminação, para o ócio, para beber água e para lamber sal; e também há uma rotina dessas atividades.
“Além disso, quando os animais são conduzidos para o confinamento, observamos também uma rotina, com os horários de maior consumo da dieta ofertada, e horários de descanso e de ruminação muito bem estabelecidos”, complementa Reis
O mais interessante é que essa “rotina do boi” está totalmente correlacionada com o desempenho animal. As decisões tomadas no dia a dia pelo time de campo das fazendas e as estruturas colocadas para produção animal vão interferir diretamente no desempenho que o gado vai expressar, e isso é fundamental para tomada de decisão.
O básico para o melhor desempenho
Ingestão de água
A água é o nutriente mais consumido diariamente pelos animais. Sem a sua correta ingestão, não há maximização do desempenho. Pensando na estrutura do pasto, a posição da água tem total interferência no desenvolvimento do rebanho.
“Temos alguns fatores envolvidos nessa questão. O mais importante é a distância que um bovino tem predisposição a andar até alcançar a água. O tamanho adequado de um pasto, com água no canto, é em torno de 6,6 ha. Enquanto se a aguada for no centro do pasto, pode chegar até 25 ha. O posicionamento do bebedouro e tamanho do pasto vão interferir diretamente em como ocorrerá o pastejo e também o consumo de água”, comenta o especialista da Prodap.
Pastos grandes tendem a não ser uniformes. As áreas próximas ao bebedouro vão concentrar o pastejo e, por consequência, os locais mais distantes (acima dos 365 metros) costumam ter sobra excessiva de pasto. “Muitas vezes o pecuarista define a lotação do rebanho pelo tamanho do pasto. Nesses casos, o gado vai ter um desempenho abaixo, pois apesar de ter capim, não haverá o consumo como previsto”, afirma Reis.
Sal à vontade
Outro ponto importante na “rotina do boi”, apesar de parecer banal, é sempre ter sal à disposição no cocho. A experiência prática de alguns anos na atividade demonstra os impactos da falta de produto no cocho, levando a um aumento de consumo do suplemento, mas com ganho médio diário menor. Isso ocorre devido aos bois dominantes consumirem tudo primeiro, deixando os submissos sem a ingestão do suplemento em quantidades adequadas.
“Gerenciar a rotina do boi, com as soluções oferecidas pela Prodap, nos permite entender seu comportamento e compreender todos os pontos de melhoria e ajustes necessários de processos. Acreditamos, cada vez mais, que esse é um caminho sem volta. Fazemos hoje grande parte deste trabalho pelas informações coletadas pelas equipes de campo e já estamos implementando sensores. Assim, conseguimos monitorar a localização geoespacial dos animais, gravamos essa informação a cada intervalo de tempo pré-determinado, e passamos a conhecer onde e quando o rebanho pasteja”, finaliza Reis.
Fonte: Race Comunicação