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Alemanha abre oportunidade de exportação de ingredientes por empresas brasileiras

  • 04 de Outubro de 2021
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Demanda por alimentos e bebidas saudáveis na Alemanha abre oportunidade de exportação de ingredientes por empresas brasileiras, aponta estudo da Apex-Brasil
Em 2020, país europeu importou US$ 6,9 milhões do Brasil. Paraná, Santa Catarina e São Paulo são os principais produtores
Publicado em: 01/10/2021 às 17:40hs

Demanda por alimentos e bebidas saudáveis na Alemanha abre oportunidade de exportação de ingredientes por empresas brasileiras, aponta estudo da Apex-Brasil
Com a alta procura por alimentos, bebidas saudáveis e orgânicos na Alemanha, o Brasil abre um caminho promissor de exportação de ingredientes para o país europeu. É o que aponta o estudo realizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com entidades setoriais e a Euromonitor International (serviço de consultoria que oferece inteligência estratégica customizada). O levantamento foi produzido com o intuito de mapear oportunidades de mercado, auxiliando empresas brasileiras com informações sobre comércio internacional, consumo local e cenário econômico.

Somente em 2020, o mercado alemão de ingredientes para a indústria de alimentos e bebidas atingiu 4,9 milhões de toneladas e deve seguir com crescimento moderado até 2024. Esse avanço é baseado principalmente em produtos mais associados a temas de saúde, como farinhas especiais, adoçantes e produtos orgânicos, considerados oportunidades crescentes para empresas no Brasil. O estudo da Apex-Brasil revela um potencial de ampliação de mercado internacional para os setores de concentrados proteicos, farinhas de frutas e hortaliças e polpas de frutas e vegetais. Produtos naturais, ou com certificação europeia de orgânicos, são especialmente procurados.

O analista da Apex-Brasil, Pedro Netto, avalia que a crescente demanda por esse tipo de produto impulsiona a indústria brasileira. “O mercado de ingredientes saudáveis está em ascensão na Alemanha, e o Brasil tem um grande potencial exportador, inclusive nesses nichos. O estudo realizado pela Agência visa apresentar esse cenário de uma forma mais completa, para que as empresas tenham uma visão ampla do mercado e se sintam aptas a expandirem suas operações”, conclui.

O consumo no mercado alemão
Parte considerável do mercado alemão é abastecida localmente, mas há crescentes oportunidades em nichos interessantes ao Brasil. Em geral, os dois principais ingredientes utilizados na indústria local de alimentos e bebidas (farinha de trigo e açúcar) são produzidos no país. O consumo local é dividido entre ingredientes para pães, biscoitos e bolos (4,4 milhões de toneladas em 2020), ingredientes para sucos e bebidas carbonatadas (517,6 mil toneladas) e ingredientes para alimentos funcionais (47,2 mil toneladas).

A distribuição de ingredientes na Alemanha costuma variar de acordo com o tipo e a origem do produto. Aqueles que possuem forte produção local (como farinha de trigo e açúcar) são vendidos diretamente dos produtores para a indústria processadora. Já produtos importados (farinhas e polpas de frutas e outros vegetais, proteínas, féculas, etc) costumam ser distribuídos via atacadistas e outros importadores.

Agronegócio
Desde 2019 o Brasil alcançou 150 mercados externos para produtos agropecuários, sendo 74 nas Américas, 57 na Ásia, 18 na África e um na Oceania, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O agronegócio brasileiro tem sido o setor de maior destaque no mercado internacional em meio ao cenário de crise provocado pela pandemia de Covid-19.

De janeiro a junho de 2021, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 61,49 bilhões, o que representou um crescimento de 20,8% em relação ao exportado no mesmo período em 2020. Trata-se de montante recorde para o primeiro semestre em termos de exportações do setor, uma vez que o maior valor já registrado para o período até então havia sido em 2020 (US$ 50,90 bilhões).

O agronegócio representou 45,3% das exportações totais brasileiras no primeiro semestre de 2021. O saldo da balança comercial do setor foi de US$ 53,99 bilhões, o que compensou o déficit de US$ 17,26 bilhões dos demais setores.

Acesse o estudo completo neste link.
Fonte: in.Pacto

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