Como estão as exportações do agro em 2021?
- 19 de Agosto de 2021
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Como estão as exportações do agro em 2021?
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou as exportações do agronegócio do mês de julho/21, que somaram 11,29 bilhões de USD, 15,8% superior em relação à jul/20. No acumulado do ano até o momento, o agronegócio realizou um total de 72,7 bilhões de USD de exportações, 20% acima do mesmo período do ano passado. Do total exportado nos primeiros 7 meses do ano, a maior parcela é resultante do complexo soja (47% do total), que somou USD 34,1 bilhões, alta de 24,7% sobre o mesmo período do ano passado. Esse aumento é proveniente da valorização dos preços dos produtos do complexo, pois os volumes comercializados internacionalmente não tiveram elevações relevantes.
No tocante à soja em grãos, que tem maior representatividade em volume e em valor, o total exportado no acumulado do ano até julho somou 66,2 milhões de toneladas enquanto no mesmo período de 2020 foram exportadas 68,7 milhões de toneladas, queda de 3,7%. Por outro lado, os preços dos grãos aumentaram em 27,6% neste mesmo comparativo. O balanço apertado de oferta e demanda global de soja reflete nos preços em patamares elevados, o que eleva também as cotações do óleo e do farelo de soja, que no comparativo acumulado até julho 2021 apresentaram altas de 75,2% e 29,1% respectivamente comparado com o mesmo período de 2020.
Em seguida, o complexo de proteínas animais apresentou a segunda maior representatividade nos valores de exportações, com 15,23% do total até julho. O valor auferido com as exportações de carne bovina in natura apresentou alta de 7% em relação à 2020, explicado pelo aumento de 11,9% no preço, enquanto o volume caiu 4,6% no período. Já a carne de frango e a carne suína in natura variaram positivamente tanto em volume exportado, 7,2% e 16%, respectivamente, quanto em preço, 7,3% e 7,6% no comparativo com o primeiro semestre de 2020.
Os principais países de destino, em valor, das exportações totais brasileiras nos primeiros 7 meses do ano de 2021 foram: China (38,3%), União Europeia (14,6%) e Estados Unidos (6,56%). No complexo sucroenergético, mesmo com as estimativas de quebra de safra da cana, as exportações de açúcar bruto e etanol estão com volumes maiores no período compreendido entre jan-jul quando comparado com o ano anterior. O açúcar bruto apresenta alta de 7,6% no volume exportado e o etanol de 10,7%.
A maior variação de janeiro a julho de 2021 foi dos lácteos, com volume superior em 71% comparado com o mesmo período de 2020, porém com preços 15% menores. Ainda assim, vale destacar que o trade de lácteos é pequeno relativamente ao tamanho da produção e o saldo comercial do setor é negativo já que as importações são ainda maiores.
Por fim, destaque para o algodão, com alta no volume exportado de 31,3% em relação ao mesmo período de 2020 e preços 8,1% maiores. Já o milho, apresentou uma queda de 22,2% no acumulado do ano até julho somando 5,6 milhões de toneladas enviadas ao exterior. Essa redução é explicada pela baixa disponibilidade do produto e os elevados preços locais.
Fonte: Consultoria Agro Itaú