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ENTREVISTA: Maurício Tonhá conta como superou crises e consolidou a Estância Bahia Leilões

Culture Comunicação | Assessoria EBL

 Em entrevista ao Agro Resenha Podcast, produzido por Paulo Ozaki, o empresário Maurício Tonhá, presidente da Estância Bahia Leilões, relembrou os primeiros passos, as dificuldades enfrentadas e a forma como transformou um pequeno empreendimento em referência nacional no setor.

A trajetória começou na década de 1980, quando Tonhá passou a comprar bezerros como uma alternativa de renda. Pouco tempo depois, aproveitou a crescente popularidade dos leilões rurais e realizou o primeiro evento da Estância Bahia em 21 de abril de 1991, em Água Boa (MT).

Ele conta que o início foi modesto, com apenas 231 animais comercializados. Mas a persistência fez a diferença. “No primeiro ano vendemos 1.800 animais, no segundo 4 mil e no terceiro já chegamos a 10 mil. Foi um aprendizado constante, mais errando do que acertando, mas sempre buscando o que dava resultado”, recorda.

O empresário lembra que Mato Grosso contava com cerca de 100 leiloeiras, quase todas extintas ao longo das décadas. A Estância Bahia, no entanto, resistiu e prosperou. “Surgimos com muita dificuldade, sendo a menor leiloeira do estado. Mas fruto de muito trabalho, persistência e capacidade de sobreviver aos momentos difíceis, conseguimos crescer e hoje estamos presentes em várias regiões do país”, afirma.

A habilidade de comunicação foi outro fator decisivo. Inicialmente mais reservado, Tonhá assumiu o microfone nos leilões quase por acaso e percebeu o impacto imediato na valorização dos lotes. Dali em diante, nunca mais conseguiu ficar sem participar ativamente dos leilões.

A inovação também esteve presente desde cedo, com a vontade de fazer melhor, mesmo sem as tecnologias atuais. Foi uma das primeiras de Mato Grosso a ir para a televisão e, mais recentemente, a usar a internet para ampliar o alcance dos leilões e garantir competitividade. “Antes vivíamos sem informação e tecnologia, mas com muita vontade. Hoje temos todos os recursos, mas o que continua sendo essencial é a determinação de fazer bem-feito”, ressalta.

Entre os episódios que marcaram sua trajetória, ele cita a decisão de assumir um prejuízo para honrar o compromisso assumido com um cliente, atitude que acabou fortalecendo a confiança no negócio. Foi um prejuízo de 3 mil cabeças de gado na região do Araguaia. Entre mais de 10 leiloeiras que também foram prejudicadas, apenas a Estância Bahia pagou quem vendeu os animais.

“O resultado veio rápido, em poucos meses o gado estava pago e a empresa prosperou. Aquela foi uma experiência extraordinária que nos ajudou a chegar até aqui”, relembra.

Para Tonhá, o segredo está em observar as tendências, reconhecer erros e aprender com os acertos. “O mercado de leilões no Brasil ainda é pequeno diante do potencial que tem, mas acredito que nosso papel é contribuir para consolidar essa cultura. A Estância Bahia nasceu pequena, resistiu ao tempo e continua se reinventando para seguir adiante”, finaliza.

Veja o episódio do Agro Resenha Podcast AQUI. https://agroresenha.com.br/podcast/a-arte-de-bater-o-martelo-arp405/