A Estância Bahia Leilões apresenta o Panorama de Mercado da Semana, com a participação de Michel Torteli, especialista em pecuária e análise de mercado.
Na visão de Torteli, o mercado segue firme na segunda quinzena de agosto, mesmo com oscilações no câmbio e a ausência dos Estados Unidos nas compras internacionais. O destaque está na redução da oferta de fêmeas, que começa a impactar as escalas das indústrias, e na forte demanda externa, que mantém o mercado enxuto e sustenta os preços da carne no Brasil.
“Estamos embarcando muito. Isso reduz a oferta interna e permite que as indústrias tenham margem para pedir mais pela carne”, pontua Michel.
Preços por estado e pressão menor nas cotações
Segundo o especialista, os preços têm se mantido firmes nos principais estados produtores. Confira a média da arroba apontada:
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São Paulo: R$ 310 a R$ 315
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Mato Grosso do Sul: R$ 315
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Mato Grosso: próximo de R$ 310
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Minas Gerais e Goiás: R$ 300
A expectativa é de que, com a queda gradual na disponibilidade de fêmeas, o mercado volte a ganhar força no curto prazo. Torteli alerta que o segundo semestre historicamente apresenta melhor desempenho, com mais consumo e exportações aquecidas, sobretudo para China, outros países da Ásia e México.
Exportações, câmbio e grãos: o que acompanhar
Apesar da valorização do real – com dólar abaixo de R$ 5,40 –, a moeda americana tem perdido força globalmente, o que diminui a competitividade brasileira, mas aumenta o poder de compra dos importadores.
Julho registrou embarque recorde de quase 280 mil toneladas de carne bovina, e agosto já começa com média diária de 3.500 toneladas, muito acima do volume de 2023.
No setor de grãos, a demanda por milho para etanol tem chamado atenção, impulsionada pela escassez do etanol de cana. Ainda assim, os preços de milho e soja seguem estáveis, sem projeção de alta no curto prazo.
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