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Taxação dos EUA Pressiona Mercado do Boi Gordo e Liga Alerta para Pecuaristas

Caio Monteiro analisa os impactos da nova tarifa americana sobre produtos brasileiros e reforça a importância da gestão de risco no momento de incerteza econômica.

 

A segunda semana de julho foi marcada por um clima frio não apenas no Centro-Sul do Brasil, mas também no mercado do boi gordo. Segundo análise do Coordenador Comercial Caio Monteiro, no boletim Minuto do Mercado, a arroba continua sob pressão negativa, com negócios girando entre R$ 300 e R$ 305.

No início da semana, ainda havia registros de negociações a R$ 305 e R$ 310 por arroba, mas o cenário mudou após o anúncio dos Estados Unidos sobre a taxação de produtos importados do Brasil. A medida, que passa a valer a partir de 1º de agosto, praticamente paralisou o mercado. As indústrias, com escalas mais alongadas, reduziram o ritmo de compras, e muitos agentes aguardam para entender os desdobramentos dessa decisão.

Pressão e Incertezas no Cenário Internacional

Apesar da taxação, Monteiro lembra que os Estados Unidos enfrentam uma oferta restrita de carne bovina, com a arroba atingindo máximas históricas em junho e julho. A demanda interna americana continua forte, e o Brasil representa uma fatia significativa das importações do país. “Precisamos entender qual será o comportamento do governo norte-americano para suprir essa demanda, já que o Brasil se tornou um fornecedor estratégico”, ressalta.

Além da carne bovina, a taxação também atinge outros produtos do agronegócio, como suco de laranja, café e celulose, aumentando o clima de cautela no setor.

Gestão de Risco: Um Aliado do Pecuarista

O dólar fechou a semana cotado a R$ 5,54, e Monteiro reforça que o momento exige atenção redobrada do pecuarista. “É essencial que a gestão de risco faça parte do negócio. Nos últimos anos, fatores externos à nossa produção têm impactado de forma severa a formação dos preços no mercado interno”, alerta.